5 de junho de 2025

Capital chegou a 41% de vacinação contra gripe após decreto de emergência

A cobertura vacinal contra a gripe em Campo Grande chegou a 41% do público-alvo após um mês da instauração do decreto de emergência pela Prefeitura. A informação foi divulgada pela secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, durante a audiência pública de prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2025, realizada nesta quinta-feira (30), na Câmara Municipal.

Segundo Rosana, embora o decreto não tenha reduzido expressivamente a procura por atendimento nas unidades de saúde, ele teve papel essencial na conscientização da população sobre a importância da vacinação. “É um índice que coloca Campo Grande entre as capitais com melhor desempenho”, destacou a secretária.

Publicado em 26 de abril, o decreto foi motivado pelo aumento expressivo nos casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave), que elevou a demanda por internações nas unidades de saúde. O documento autorizou a contratação emergencial de profissionais da saúde, o remanejamento de servidores da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e a aquisição de materiais e serviços sem necessidade de licitação.

Outra ação que impactou o aumento da cobertura vacinal foi o Dia D, realizado nos dias 10 e 11 de maio, com 15 pontos de vacinação — incluindo dois drive-thrus — para facilitar o o da população ao imunizante. Antes da campanha, o município registrava cobertura vacinal de 19,31%, que subiu para 33,4%.

A vacina é indicada para toda a população a partir dos seis meses de idade e é fundamental para reduzir complicações, internações e mortes decorrentes da gripe, especialmente durante o período de maior circulação de vírus respiratórios.

Importante ressaltar que a vacinação contra a Influenza continua disponível nas 74 unidades de saúde de Campo Grande, durante o horário regular de atendimento. Neste final de semana, também haverá plantão de vacinação.

Déficit de leitos – Durante a audiência, Rosana também apontou a insuficiência de leitos hospitalares na capital. Dos 1.719 leitos disponíveis, 1.310 pertencem à rede de saúde complementar. “A quantidade de leitos deveria ser maior. A maioria está à disposição na saúde complementar. Há um déficit crônico de leitos. Nossas UPAs e CRSs ocupam o papel de unidades internadoras”, afirmou a secretária.

Também foi mencionado que, entre janeiro e abril de 2025, foram realizados 19.383 procedimentos hospitalares — sendo 10.756 cirurgias — e 923.941 atendimentos ambulatoriais em toda a rede municipal.

Representantes da Sesau e vereadores compõem a mesa para discutir o balanço do 1º quadrimestre da saúde pública da Capital, durante audiência pública no plenário da Câmara (Foto: Izaias Medeiros).
Durante a audiência, um grupo de mães atípicas — responsáveis por crianças com deficiência e doenças raras — também protestou cobrando mais atenção do poder público. A presidente da Comissão de Mães Atípicas de Mato Grosso do Sul, Lili Daiane Recalde, alertou para a falta de insumos e medicamentos básicos nas unidades de saúde e cobrou prioridade na vacinação para esse público.

“Não é aceitável que faltem materiais essenciais para o tratamento dos nossos filhos. Precisamos de políticas efetivas e respeito aos nossos direitos”, afirmou Lili.

Redação: Impacto Dakila – Mirtes Ramos

Fonte: Campo Grande News

Foto: Divulgação

Compartilhe
Notícias Relacionadas
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Sites Profissionais
    Informe seus dados de para ar sua conta
    Esqueceu a senha?